Na vida, há coisas que são finitas. Dentre elas, nossa existência. A pandemia trouxe esta verdade mais próxima de nós. Fez-nos parar para pensarmos nesta finitude de nossa existência.

Então, o que aprendemos com a pandemia e precisamos reaprender?  Quais nossos novos hábitos? Vivemos o momento do isolamento social. Com ele, sobrou tempo que nos levou a rever nosso conceito de vida. E, como resultado desta quarentena reflexiva, estamos retomando um antigo hábito em nossa vida: viver o momento, ter contato com a natureza, ter mais tempo para nosso autoconhecimento e  fortalecer nosso vínculo positivo com a família e com os amigos, se necessário fazer a correção daquilo que acreditamos que precisa melhorar. Entendemos com a Pandemia que é necessário ter uma história de menos correria e mais tempo com as pessoas que amamos.

Viver o agora com qualidade tornou-se um propósito de vida para muitas pessoas. E como fazer isso? Como viver um momento único, especial ou de reencontro consigo? Eis que ressurgi a volta ao campo, a ambientes sociais próximos à natureza e seus encantamentos, atividades físicas ao ar livre e o despertar do sentido da natureza em nossas vidas.

E, neste novo repensar de nossa rota de vida, houve o impacto positivo na retomada da economia com o crescimento do Turismo Rural no Brasil. Esta prática não é nova. O que é nova é a intensidade desta experiência e a quantidade de pessoas que estão buscando o campo para o reencontro consigo mesmo e com as pessoas queridas.  Momento para rever o projeto de vida. Recriar-se. Reinventar-se. Com esta retomada, o Turismo rural está destacando, sem ser algo novo no Brasil, pois este meio de turístico e o interesse crescente pelas atividades recreativas  tiveram início desde do século XIX,  vindo da  Europa com as inspiração nas  casas de campo e hotéis fazenda vistos por  lá.

Com isso, trouxe para pequenos municípios o desenvolvimento econômico e a valorização das culturas locais e, ao mesmo tempo, surgiram espaços de contemplação da natureza em família,  ou em grupo de amigos ou, ainda, de forma solitária que permitiam momentos únicos de reposição de energia e descanso, recuperando-se do estresse e da vida agitada dos grandes centros urbanos.  

Há inúmeras características relacionadas a quem busca o turismo rural. Dentre elas estão a busca do simples, do distanciamento do mundo digital, da aproximação da natureza para recompor a energia e espiritualidade. Tudo isso como uma reação ao estresse promovido pelos meios urbanos decorrente, sobretudo, da expansão industrial nas cidades e a pressão social nas redes sociais. Sendo assim, o turista de forma geral busca tranquilidade, paz e relaxamento que o meio rural proporciona.

Além dessas características, existem outras como o retorno da pessoa a seu habitat de origem, após anos, decorrente, principalmente, do “êxodo rural”. A busca por maior conhecimento, pelo diferente: monumentos, construções, aspectos sociais distintos, alimentação, contato com a cultura distante, entre outros exemplos. O Turismo  rural promove tudo isso  e o primordial para este momento cultural que estamos vivendo: qualidade de vida e saúde no tripo foco: física, emocional e mental.

Autora: Sueli Paixão – Coach e fundadora da AEScoaching e do Projeto APOIAR